sábado, 18 de julho de 2009

Jane

Sinto uma presença por detrás de mim, a mf chegou. Parece que me sinto voltar a mim, e o cão já não me parece grande, muito pelo contrário é um cão pequeno, e o meu cabelo parece começar a diminuir. Eu não gosto muito de cães e ainda por cima cães pequenos que crescem e que falam a nossa língua. Vindo do nada aparece um Velho, com um ar amistoso como que a querer por controlo na situação. Pede desculpa pelo cão, que é dele e eu fico sem perceber se ele sabe que o "cão dele" fala a nossa língua. Que a floresta é perigosa, e que duas lindas meninas como nós não deviam andar por aqui.

Eu começo a falar, tentar explicar que estávamos a passear quando a mf viu o que parecia ser uma fada, mas logo atrás de mim a mf, de pau na mão começa a falar ao mesmo tempo que eu, e tudo se torna num discurso confuso, sem pontas e a duas vozes.

O velho tenta acalmar a confusão. Fala de bezerros e pirilampos e caprichos da natureza mas eu já não estou a prestar atenção. Estou a olhar para baixo, atentamente, ao brilho que está, aos poucos a desvanecer, e reparo nuns olhos brilhantes que espreitam silenciosos, cautelosos e curiosos. A fada está ali, debaixo do meu nariz, e olha directamente para mim. Ao ver que estou a olhar também desaparece e o brilho aumenta num de repente.

Sinto a mf, apressada, a levar-me pela mão, e volto a não conseguir articular palavra. Ao olhar para trás, já não vejo nenhum cão ou velho, e o brilho, menos intenso é agora a única coisa que me diz que tudo aquilo foi real...

"mf, onde vamos nós?", pergunto atordoada enquanto ela me leva pela mão e a murmurar qualquer coisa que não consigo entender.

1 comentário:

  1. Se não é a mf a tomar conta da situação, tadinha da Jane!...

    :D

    Beijitos

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