terça-feira, 7 de julho de 2009

mf

Desatei a correr. Eu vi, JURO que vi, uma fada. Pequenina, brilhante, asas lindas, esvoaçantes. Esfreguei os olhos, atónita, mas lá estava ela. Real! Tão real com as minhas mãos, que adorariam tocar, só tocar, no sonho.

A vontade foi tanta, que desatei a correr. Ainda chamei por ela, mas devo-a ter assustado... Fugiu em direcção ao céu e não a vi mais. Confundiu-se com as estrelas que caem do céu (tem um brilho igual!!!), nestas fantásticas noites de Verão. Uma melodia de brilho só comparável ao beijo que a lua deixa nas folhas das árvores que sussurram em contradança. Vou continuar a procurá-la. Há-de aparecer em algum lado! Preciso de a mostrar à Jane!

Por falar nisso... Pobre Jane! Deve ter ficado preocupada. Apetece-me continuar à procura, mas se calhar é melhor voltar... Não vá ela assustar-se com as sombras do bosque. Não que ele seja fantasmagórico. Mesmo de noite, é lindo. Só não gosto do parvo do corvo que andou por aqui a esvoaçar há bocado. Brrrr... Não gosto de corvos. Fazem barulho, roubam o que lhes chega ao bico e só pensam nas suas lustrosas asas de carvão bafiento.

Prefiro as andorinhas. Bem mais acolhedoras. Um espécie de fadas negras que se protegem nas sombras à espera de quem precise de protecção. Sábias, no seu piar.

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